Ad Aeternum

Na despedida a José Posada

Querido Pepe, ben quiseramos sentirnos contaxiados do teu proverbial optimismo para superar este trance de despedida. Sabemos que gostarías de que permanecesemos ledos e tal vez levantando un copo de vinho na túa honra. Mas, non somos capaces. Somos conscentes de que difícilmente retornará a nós o optimismo das conversas, reunións, convivios e cónclaves nos que tantas veces nos víamos ilusionados com teus proxectos e com a túa ilimitada imaxinazom. Nom é exaserazom que te digamos que nos sentimos orfos, orfos da tua amizade, do teu caos, da tua xenerosidade, da tua inventiva, do teu inxenio e de todo o que aprendíamos contigo. Valoranmos a tua lealtade ao amigo acima de todo. Perdemos muito contigo ausente. E muito o que em realidade deixas no desamparo: vinho, castanhas, cultura…. porque também cultura aprendíamos de ti; amigos e familia, porque difícilmente haberá recambo. Nunca pensamos que teríamos que ler teu nome entre os dos Irmandiños no além.

Facemos un esforzo, Pepe, e brindamos. Ao cabo sempre ficarás con nós e con esa túa presenza nos veremos menos sos.

José Manuel Fernández Anguiano e Nemesio Barxa

Ligazóns

SILENCIO, QUE DURME.

Nemésio Barxa

Hoje deixou-nos definitivamente José Posada González, um Home Bom e generoso amigo leal, infatigável defensor de Galiza, suas liberdades, sua economia, e suas gentes, desde todos os eidos em que trabalhava e postas que ocupou, no coletivo empresarial, na investigac;ao na cultura, na política, na Presidencia da Caixa de Aforras de Ourense, na de Orujo de Galicia, ou no Parlamento europeu onde defendeu os temas próprios galegas e empregou a cotio o galega reintegrado; as castanhas e o vinhedo forem seu campo de estudo preferente, dignificando e elevando a categoria de excelencia tanto o vinho das nossas O.O. como a transformac;ao da castanha em «marrom glacé». Viageiro assíduo e com percepc;ao de todo o que o rodeava, abriu mercados em Rússia e países da sua influencia, Japon, Angola, Moc;ambique, Chile e outros países da América do Sul e, inevitavelmente, Europa, dos que sempre regressava com novas conhecimentos e inquedanzas; autor de numerosos livros sobre o vinho e a vinha e outros sobre augardentes, deu ao prelo o primeiro estudo sobre as castes e potencialidades dos vinhos galegas e com posterioridade outros livros sobre a mesma temática e o divertido e imprescindível polo seu fundo contido «Metafísica do viña»: era home de vastíssimos conhecimentos e considerável cultura que se transmitia nas sua conversas, nos seus escritos e nos seus livros, vários deles inéditos, e nas suas conferencias; home optimista e de um fino sentido do humor que deixou refletido nas convocatórias para os confrades da Irmandade dos Vinhos Galegas, da que além de fundador, dinamizador e alma mater, era Secretario Perpétuo. Distribuiu com enorme generosidade alegria e ilusao entre todos os que tivemos o privilegio de trata-lo. Todos perdemos algo valioso, seus amigo a urna pessoa entranhável, legal e sincera, dadivosa e magnanima; nossas vinhas e adegas um home que deitou amor e dedicac;ao sobre elas para dar-lhe a importancia que acadaron; as castanhas seu melhor divulgador, o home que as vestiu de etiqueta; a cultura galega um vulto de cuia importancia ainda nao fica a suficiente noticia; e Galiza um home que acreditava nela e que lutava por contribuir a proporcionar-lhe um futuro esplendoroso.

Forcoso Pepe que choremos por ti, ainda que me consta que detestavas os choras e fuches todo alegria. Sursum corda e bebe pro novis. Nao quera despedir-me ao cabo vas viver sempre em nos, e ficarás necessariamente presente, como Secretario Perpétuo, nas equinociales e solsticiales juntanc;as da nossa, e fundamentalmente tua,Irmandade dos Vinhos Galegas e, desde lago, no seu Magusto com Mozas que era a Festa da Castanha.

14.01.13

NA DESPEDIDA A JOSÉ POSADA

Querido Pepe, bem quiséramos sentir-nos contagiados do teu proverbial optimismo para superar este trance da despedida. Sabemos que gostarias de que permaneceremos ledos e tal vez levantando um copo de vinho na tua honra. Mas, nao somos capazes. Somos conscientes de que dificilmente retornará a nos o optimismo das conversas, reunions, convívios e conclaves nos que tantas vezes nos vimos ilusionados com teus projetos e com a tua ilimitada imaginai;ao. Nao é exagerai;ao que te digamos que nos sentimos orfos, orfos da tua amizade, do teu caos, da tua generosidade, da tua inventiva, do teu engenho e de todo o que aprendíamos contigo. Valoramos a tua lealdade a o amigo acima de todo. Perdemos muto contigo ausente. E muito o que em realidade deixas no desamparo: vinho, castañas, cultura … porque tambem cultura aprendiamos de ti; amigos e familia, porque dificilmente haberá recambio. Nunca pensamos que teriamos que ler teu nome entre os dos Irmandiños no alem.

Facemos un esforzo, Pepe, e brindamos. Ao cabo sempre ficarás con nos e con esa tua presenza nos veremos menos sos.

Nemésio Barxa


CANTO A PEPE POSADA, SECRETARÍO ETERNO DA IRMANDADE DOS VIHOS GALEGOS

A ti Irmán Giusseppe Pousatta
raio de sol que alumeu a vía
de actuación desta confraría
desde o comezo, na primeira data.

Foi a túa paixón estremecida
a que deu un canto ao noso viño
ao que sempre coidache co cariño 
dun pai ao longo dunha vida.

Sementador de ben e de alegría,
foches amigo da esmorga cantadora
e honrador de Rui Xordo e compañía

A túa voz foi a libertadora
a que buscou a paz, cun viño ao mediodía,
con lume ao comezo, e con luz agora.

Xoán Xosé Pérez Labaca
Mondariz, Xoves de Paixón 2013

José Manuel Fernández Anguiano, Síndico, ad Aeternum


Com sentimento e profunda dor tenho que darvos noticia do falecemento do nosso Síndico e sobre todo amigo, José Manuel Fernández Anguiano, fundador da Irmandade e activo comunicador dos melhores vinhos que temos catado nas reuniões capitulares de esta Confraría. Perdemos um inesquecivel introdutor das novidades vinícolas galegas e sobre todo perdemos um amigo.

Nemesio Barxa

Ligazóns

ADEUS.

Nemésio Barxa


Pola década dos 50 do século passado chegava o vinho do Ribeiro ás tabernas de Ourense a granel e em bocóes; os taberneiros tinham seus próprios provedores entre as diversas adegas; cada um publicitava seu produto e o abilhar de cada pipa recém-chegada e comprovar sua qualidade era um ato social, prévio aviso do dia, taberna e hora do abilhado assim como intervenc;ao do catador que daria seu veredicto, pessoagem que alguns chamavam o «tr&eeacute;nico». Em algum desses eventos, a que assisti, catador invitado era José Manuel Fernández Anguiano, que intervinha avalado pola sua carreira de perito agrícola e sua portentosa nariz para distinguir os aromas de toda clas de componentes do vinho recém abilhado, para dar-nos sua opiniao sobre as bondades do caldo recém-chegado e poder lançar a boa nova de que na taberna tal se recebera um vinho de qualidade. Naquele Ourense de apenas 60.000 habitantes era difícil nao coincidir, todos nos conhecíamos, saudávamos, mas cada um tinha seu grupo e nesses grupos só causalmente coincidia com José Manuel, atarefado ele em multiples atividades com a Agronómica, La Región, Meisa, Cabeça de Manzaneda, 0.0.Ribeiro e muiras outras.

A que tora Atenas de Galiza sempre conservou urna impronta cultural em todos os ambientes e, como nao, também na cultura do vinho. No vinho como cultura movia-se Pepe Posada, homem irrepetível, imaginativo e executivo que por finais da década dos 80, numa tarde tabernária, e para por no mundo os vinhos galegas, fundou com Manuel Cabezas e José Manuel F. Anguiano o que constitui na atualidade urna vigorosa realidade e que responde ao nome de lrmandade dos Vinhos Galegas. A ideia foi um éxito e pronto nos constituímos como associagao cultural com mais de um centenar de membros. Integrado eu também nas tarefas constitutivas com os tres mencionados, de cuia categoria humana podo dar fe, por urna serie de circunstancias a Diretiva na prática ficou reduzida a Posada, Anguiano e mais eu que a determinada altura passei a ser o Preboste, mais bem porque era o único cargo livre, pois Posada já se autodesignara como Secretario Perpétuo e Anguiano como Síndico. Foi a partir de essa colaboragao que eu conheci a verdadeira dimensao humana de Anguiano. Pois a Posada já o conhecia de antes e o tinha em alta estima. A lrmandade tomou sentido nas inquedanzas e conhecimentos de Posada e Anguiano que estavam presentes em todas as atividades relacionadas com a elaboragao, publicidade e divulgac;ao dos caldos galegas mantendo enriquecedora correspondencia com outras contrarias vinícolas, especialmente do alem o rio Minho. Na colaboragao (a vezes oposi9ao) que faiamos a Posada, Anguiano e mais eu construímos urna amizade intensa, pois era o protótipo do amigo, leal, sincero e divertido.

Ninguem pensava que Posada, alma mater da lrmandade e como alter ego nosso, podía morrer. Mas a errática senhora da gadanha reclamou-o. E a o intenso dor que pala sua falta sentíamos Anguiano e mais eu unia-se a responsabilidade de dar continuidade á lrmandade. Encomenda que assumimos e, cada um no que sabíamos e sempre um em ajuda do outro, e com a colabora((ao impagável de todos os irmandinhos, dimos continuidade ás atividades e a manter urna contraria de amigos com nossas reunioes, nossas catas e nossas ideias ou ajudas para todos aqueles que elaboram e sentem a magia do vinho galega. E a ajuda que nos últimos tempos nas prestam Angel Pascual e Manuel Rajo.

Esse tempo de ambos em solitário me deu a medida da categoria humana de José Manuel Fernández Anguiano, da sua bonhomia. E de novo a marte, tanto injusta como a vida, me priva do companheiro, amigo, complice. Com um «adeus» que nao queria e que é o final, a conviçao de nao volver a verte, de nao compartir vinhos em projetos, nem chamadas telefónicas ou e.e. consultando ou despejando dúvidas. A lrmandade já se vale sem nos. Eu mentras viva seguirei brindando por ti e contigo, amigo.

A morte de nosso Irmandinho Joaquín Rebolledo deixa orfos e fríos os nossos vinhos galegos. Nos días da alegría vendimadora, dos aturuxos retumbando de ladeira a ladeira, da escorrentía do mosto nos lagares, da mágica fermentaçóm e transubtanciaçom do mosto em vinho, esses mesmos días e para fazer ainda mais tristes os primeiros dias de Outono, sai da nossa companhía diária o nosso amigo Joaquín.

E nom foi só Joaquím um bom amigo, disposto a compartilhar o seu, senom um dos melhores e mais decididos vinófilos e vinhateiros galegos. Do mundo da defesa jurídica, passou e triunfou tambén no dificil mundo do vinho, entendendo este oficio como poucos, e dando exemplo de um dito simples mas pouco aplicado, que «é bom negócio ser honrado».

Cuidou e mimou como ningu&iecute;m nas suas fincas as variedades locais, mais tamén se deu conta do enriquecimento que supom a mestizagem, e trouxo uvas de castes foráneas, como o Merlot, que melhorou muito a qualidade, com grande rasgadura de vestiduras dos inmovilistas que pretenderom botar fora do Conselho Regulador a um dos melhores vinhateiros e vinhos de Valdeorras. Os que levan na fronte umha estrela, e no bico um cantar, som enveijados e perseguidos, antes de ser seguidos.

E orgulhoso do seu, deulhe o seu nome ao seu vinho, fazendo um filho que criar, pare que a sua fama e sona o faga inmortal, deixando «outra vida mais gloriosa eiquí». A economia do vinho, ben entendida, é a longo praço, e um nome ou marca, herenza de generacións, pois como um ilustre apelido, transmíte-se de boca em boca, até o fim dos tempos.

D. Joaquím foi a primeira folha que caiu neste escuro tempo de invernia, e ainda e mais triste e injustificada a morte, por ser um home namorado da vida, cheo de ideias e projectos. Quiçás esté discutindo neste momento com Sam Pedro se o vinho se deve beber en cuncas ou em fino cristal, se debe ter um pouco mais de Malbec, Cabernet ou Mencía. Luitador e rabudo, como é, nom se deixará ganhar facilmente.

Umha lágrima por ele, que caiga na nossa copa, e, saudando ao ceu, beber a sua saúde, honra, glória e memória.

¡Sursum Corda!

ELEGÍA POR D. FRANCISCO LÓPEZ CAPONT

Con las hojas del otoño lloramos los amigos su desaparecida caballerosidad, su generosa disponibilidad a todos y para todo, su clara mente analítica y su profundo conocimiento del Mar y la Pesca.

Trabajó intensamente, D. Francisco, en Tecnologías Pesqueras, dentro de la Universidad de Santiago y fue colaborador de la FAO, como enviado destacado en numerosos países. Chile guarda un magnífico recuerdo de su asesoramiento, y allí se casó e inició su familia, pero todas las costas marítimas de la tierra tenían algo para él, de conocidas, clasificadas y exploradas.

Era una gloria disfrutar de su conversación y profundos conocimientos, tanto de su especialidad, como, por relación y aproximación lógica, a cualquier otra consulta o idea que podía surgir. Al tener una base tan firme y amplia sobre todo, podía dar un consejo, basado en experiencias similares, estudios leídos o viajes acumulados; cicatrices vitales en fin, que suponían un enorme bagaje humano para cualquier situación.

Escribió innumerables libros y artículos sobre y acerca la pesca y en todas las bibliotecas tenemos sus amigos títulos como el «Cheftel» Ingeniería de los Alimentos, traducido por él, como el último «Diccionario Técnico Pesquero», editado por Caixa Pontevedra.

Supo encontrar el genio en el trabajo, y comprendió que la inspiración se busca, no es casual. Fue por ello, un honrado y esforzado trabajador de la mar, desde sus investigaciones y escritos. Respetado asesor personal de varios Ministros de Pesca Sudamericanos, nunca fue profeta en su pueblo, en donde bien merecería una calle a su nombre, en las orillas de la Ría.

Las conserveras, cultivadores y pescadores tienen una deuda con él y se oyó su voz clamando inútilmente, como Quijote, contra las absurdas regulaciones e inútiles legislaciones de burócratas que intentaban justificar su puesto en artificiosas «consellerías». Catedrático de Tecnología Pesquera, fue instructor y constructor de una generación que pasó de la gamela y la ardora a los congeladores de alta mar y buques factoría.

Su vida no ha sido vana, deja simiente en discípulos, familia, y miles y miles de amigos que en los cinco continentes le recordamos, como hidalgo bueno y generoso, algo incomprendido, y un tanto intolerante con aprovechados, estúpidos y mediocres. Que la Tierra te sea leve y mar y sus «peixes» te echarán de menos.

La Irmandade dos Vinhos Galegos se siente muy honrada por haber tenido entre sus componentes vivos a D. Francisco López Capont, y pasa a seguir siéndolo «ad Memoriam».

Dedicamos un cariñoso y emocionado recuerdo a su paso por nuestra Galiza eterna y brindamos ahora y brindaremos en nuestros encuentros a su imperecedera honra, gloria y memoria.

﹖ursum Corda!

ELEGÍA SENTIDA


A Necessária, Báquica e Dionisíaca Irmandade dos Vinhos Galegos,

Tem o triste dever de participar a nossa Grei do falecimento do Esgrévio Irmandino Dr. D. Fausto Galdo.

Acaecido hoje na Corunha e ainda o seu corpo está presente no tanatorio, frente do Canalejo.

E lembrar a súa persoalidade de Home de Bem, recto e dereito como um estadullo, referente da honradez e a alegría de viver.

Neste Novembro dos Mortos, o Mundo está máis triste, e nós orfos de um amigo de todos, no bom sentido da palabra, bó, listo e inteligente, e nom por isso, insensivel as fraquezas humanas.

Non nos deijarás, seguirás conosco para sempre, e ergueremos de seguido o nosso copo de vinho galego, bebendo e brindando a túa honra, glória e memoria.

Manterémos-te vivo no nosso recordo, tal como fuches e como te queríamos…

Até mais vernos na Eternidade!

 

O Secretário O Preboste O Síndico