POLÉMICA NO ALVARINHO

A Irmandade dos Vinhos Galegos foi fundada o ano 1989 para defender, difundir, honrar, querer, amar e respeitar os vinhos galegos, sem esquecer outros do Mundo.

Levanta-se hoje umha polémica entre o Alvarinho producido nas Rias Baixas e outro no Ribeiro, e a Irmandade, en nome e representaçom de todos os boms apreciadores, catadores e bebedores destes prezados vinhos, tem que tomar postura e dar a súa autorizada OPINIAO, terciando e mediando na disputa, considerando os seguintes pontos:

1º.- Legal.- A variedade Alvarinho está incluida nos Regulamentos dos Conselhos Reguladores galegos, como variedade Preferente e, por tanto, impossivel de proibir que um vinho seja feito com esta caste.
Nemgúm destes regulamentos proíbe fazer elaboraçoms monovarietais com as castes preferentes e autorizadas.

2º.- Tradiçóm, usos e costumes.- Ainda que a produçom de Alvarinho e maioritaria nas Rias Baixas, nom se podem apropiar en exclusividade desta caste. De feito ja se está a producir fai bastantes anos, na Ribeira Sacra, um monovarietal Alvarinho, sem que até o momento se tenha registrado crítica ou problema algúm. E no Ribeiro a mayor parte dos boms vinhos, tenme desde sempre, umha parte desta variedade na súa composiçóm.

3º.- Passado e Futuro.- Fora de Galiza, registramos produçoms desde sempre no vizinho Portugal, e agora estam-se a registrar prantaçoms na Catalonia, Califórnia, Sudáfrica e mesmo na Austrália. Será impossivel proibir prantaçoms desta caste no mundo enteiro, pois umha vez que os adegueiros comprovam a súa capacidade aromática, o implantan e tentan beneficiarse da qualidade dos vinhos na súa adega e zona.
Pensamos que no futuro a variedade "Alvarinho" será como umha Chardonnais, Cabernet ou Merlot, que comença numa regióm vitícola determinada e despois faise cosmopolita e apreciada universalmente, ainda que em algúmas terras registre melhores resultados quantitativos e qualitativos que em outras.

4º.- A disputa nom tem pois nada que ver com a Tradiçom nim a Ética. Os dous Presidentes das D.O. Rias Baixas (que nom Alvarinho) e do Ribeiro estám a defender os vinhos e os produtores das súas zonas, e está bem que falem entre eles, pois os dous tenhem a mesma preocupaçom, que compartimos segundo os nossos estatutos: A defensa da qualidade, pessonalidade e a genuinidade dos nossos Vinhos.

Ainda que o Presidente da D.O. Ribeiro é um probo funcionario, as ordems do Conselheiro de Agricultura, a Presidenta das Rias Baixas e umha Diputada Autonómica, polo que a disputa pode ser bastante desigual, assim como as subvencioms e apoios desta Conselheria aos respectivos Conselhos. A gente do Ribeiro sempre anduvo em lirotas entre eles, mentras que os de “Rias Baixas”, superom sempre ter mais uniom e munguir mais as subvencioms. Cada um tem o que se merece, tamén em apoios, e sentiríamos que este duro aforismo fizese cambiar a justiça e a legalidade neste caso.

A Irmandade defende a Qualidade dos Vinhos Galegos por acima de todo, elaborados em qualquera das zonas, com as variedades autorizadas, nobles e esgrévias que nos legarom os nossos antergos. E nesta situaçom e polémica, exigimos ás partes umha consideraçom e respeito polos Regulamentos e abandonar esta absurda e estéril disputa, para se centrar no travahlo diario de controlar o bem fazer dos boms vinhos, para bebe-los entre todos, em paz e concordia.

"¡SURSUM CORDA!"
"¡Ad maiorem Gloriam Vinum Gallaecia!"

Ourense, 8 Março, 2004
Asdo. D. José Posada